As abelhas nativas, frequentemente chamadas de abelhas sem ferrão, desempenham um papel crucial na polinização da flora nativa, sendo responsáveis por até 90% desse processo em determinados ecossistemas. O Brasil, especialmente o Estado de São Paulo, é um dos principais habitats dessas abelhas, com 54 das 250 espécies brasileiras identificadas no estado.
Em 2021, a categoria “meliponário” foi estabelecida, regulamentando a criação dessas abelhas em São Paulo. Isso permite que os meliponicultores realizem o manejo reprodutivo, comercializem produtos e participem de atividades educacionais, de pesquisa e conservação. Atualmente, 1.973 meliponicultores estão autorizados no estado, mas esse número pode aumentar, visto que o prazo para cadastro no Sistema Integrado de Gestão da Fauna Silvestre (Gefau) termina em dezembro.
Dionete Gonzalez Meger, diretora do centro de fauna silvestre “ex situ”, destaca a importância dessas abelhas na regeneração das florestas e no equilíbrio ecológico. Thalita Aguiar, da Associação em Defesa do rio Paraná, ressalta a eficiência do sistema de cadastro e como ele beneficia a comunidade de meliponicultores. Alan Trevisan, meliponicultor em Presidente Epitácio, vê a meliponicultura como uma forma de reintroduzir espécies em áreas de reflorestamento e educar sobre a importância da preservação das abelhas.
Para os interessados em se cadastrar, o processo é autodeclaratório e válido por 10 anos. Mais informações estão disponíveis no Sistema Integrado de Gestão da Fauna Silvestre (SIGAM) no ícone GeFau ou diretamente no link: https://bit.ly/cadastro_meliponicultor.
Em relação aos meliponíneos, apesar de serem chamados de abelhas sem ferrão, eles possuem um ferrão atrofiado, que não é usado para defesa. São, em sua maioria, abelhas dóceis e não representam riscos aos humanos. Essas abelhas podem construir seus ninhos em diversos locais, desde troncos de árvores até estruturas humanas, como paredes e telhados.
Passos para regularizar a criação de abelhas nativas:
- O cadastro é autodeclaratório e tem validade de 10 anos.
- Acesse o Sistema Integrado de Gestão da Fauna Silvestre (SIGAM) e clique no ícone GeFau.
- No banner “Meliponicultor”, encontre todas as informações necessárias, incluindo a lista de espécies permitidas para criação e um manual detalhado para o cadastro.
- Link direto para o cadastro: https://bit.ly/cadastro_meliponicultor.
Lembre-se: embora sejam chamadas de “abelhas sem ferrão”, os meliponíneos têm um ferrão atrofiado. Sua natureza dócil e a variedade de habitats em que podem ser encontradas tornam a sua preservação ainda mais crucial.