Entenda o vírus Nipah: A ameaça que alerta a Índia e coloca 60 pessoas em risco

Rafael Mendonça
2 leitura mínima
Foto: Cottonbro studio

A Índia está em alerta após a morte de um adolescente de 14 anos no estado de Kerala, vítima do vírus Nipah. As autoridades de saúde estão monitorando 60 pessoas que foram identificadas como de alto risco de contaminação. O vírus Nipah é considerado prioritário pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido ao seu alto potencial de causar epidemias, já que não existe vacina ou tratamento específico disponível.

O Que é o Vírus Nipah?

O vírus Nipah é um vírus zoonótico, ou seja, é transmitido de animais para humanos. Ele também pode ser transmitido através de alimentos contaminados ou diretamente entre pessoas. Os morcegos frugívoros são os principais reservatórios do vírus. O primeiro surto documentado ocorreu na Malásia, onde humanos foram infectados por porcos, outra espécie hospedeira potencial.

Sintomas

O período de incubação do vírus Nipah varia de 4 a 14 dias, mas pode chegar até 45 dias em alguns casos. Os sintomas iniciais são inespecíficos, dificultando o diagnóstico precoce. O vírus pode causar encefalite grave (inflamação no cérebro) com alto índice de letalidade, afetando o sistema nervoso central e causando:

  • Alteração do nível de consciência
  • Convulsões
  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Náuseas e vômitos
  • Pneumonia em alguns casos

A detecção precoce e o controle de surtos são desafiados pela inespecificidade dos primeiros sinais de infecção e pelas limitações na coleta e análise de amostras clínicas.

Tratamento

Atualmente, não há tratamentos específicos ou vacinas para o vírus Nipah. O manejo dos pacientes é focado no controle dos sintomas, como convulsões e pneumonia. Alguns antivirais foram utilizados como suporte durante surtos, mas a eficácia desses tratamentos ainda não foi comprovada por estudos robustos.

Risco de Chegada ao Brasil

O vírus Nipah está geograficamente restrito às áreas onde os casos foram identificados: Malásia, Indonésia e Índia. Especialistas afirmam que o risco de o vírus chegar às áreas urbanas é baixo, a menos que a transmissão entre humanos aumente significativamente.

Compartilhe este artigo