Por que venta tanto no Metrô de São Paulo? Entenda como isso ajuda na segurança dos passageiros

Sofia Mendes
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Governo de SP / Divulgação

Se você já utilizou o Metrô em São Paulo, provavelmente notou que, em algumas estações, o vento é constante. Esse fenômeno não é apenas uma coincidência, mas uma consequência direta da velocidade dos trens, que podem atingir até 90 km/h, e do sistema de ventilação presente nos túneis e estações. Esse deslocamento de ar é conhecido como “efeito pistão”, e tem um papel importante tanto na ventilação quanto na segurança dos passageiros.

O que é o efeito pistão?

De acordo com Adalberto de Paula Ramos, chefe de projetos de sistemas do Metrô, o efeito pistão acontece quando o deslocamento rápido dos trens força a troca de ar entre o ambiente interno das estações e o exterior. “Esse efeito gera um fluxo de ar que circula pelos acessos, dutos de ventilação e poços de ar instalados entre as estações”, explica o especialista. O efeito pistão pode variar de acordo com o design de cada estação e é perceptível principalmente nos acessos e mezaninos.

Importância para a segurança

Mais do que uma simples ventilação, o sistema desempenha um papel crucial na segurança dos passageiros. Em caso de incêndio, por exemplo, ele tem a capacidade de dispersar a fumaça de maneira rápida e eficiente, evitando a concentração de gases tóxicos. Além disso, os poços de ventilação funcionam como rotas de emergência, garantindo que, em caso de evacuação, os passageiros possam sair das estações de maneira segura.

Manutenção da qualidade do ar

O sistema de ventilação dos túneis e estações não apenas garante a segurança em emergências, mas também contribui para a qualidade do ar nas áreas subterrâneas. O Metrô de São Paulo utiliza esses sistemas para extrair o ar quente ou viciado e substituí-lo por ar fresco do exterior, tornando o ambiente mais agradável para os usuários.

Papel das Portas de Plataforma

Além de evitar acidentes nas plataformas, as Portas de Plataforma têm outra função importante: ajudam a controlar as variações de pressão e o fluxo de ar causados pela entrada e saída dos trens. Isso torna o ambiente dentro das estações mais confortável, ao mesmo tempo que reduz as correntes de ar, muitas vezes percebidas pelos passageiros.

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