Ontem, numa cerimônia presenciada pelo primeiro-ministro egípcio, Mostafa Madbouly, Egito e Emirados Árabes Unidos assinaram um histórico acordo de investimento direto para o desenvolvimento da região de Ras El Hekma, localizada na costa noroeste do Egito. Este acordo, o maior do tipo na história egípcia, envolve um investimento direto estrangeiro no valor de 35 bilhões de dólares, que será alocado em duas parcelas dentro dos próximos dois meses.
O projeto visa lançar uma cidade integrada em Ras Al-Hekma, ocupando uma área de 40.600 acres. A parceria prevê que o Estado egípcio receba aproximadamente 35% dos lucros gerados, destacando a magnitude e a importância estratégica deste investimento para a economia do país.
O relatório da Goldman Sachs antecipa que, devido a este acordo, a libra egípcia poderá enfrentar uma desvalorização relativa no curto prazo, embora se espere que o influxo de 24 bilhões de dólares até o final do primeiro semestre de 2024 alivie a pressão sobre a moeda. Este investimento não só oferece uma solução potencial para a crise cambial no Egito, mas também aumenta as chances de um acordo favorável com o Fundo Monetário Internacional, destinado a proporcionar liquidez externa necessária ao país.
A repercussão deste acordo no mercado financeiro já é notável, com os contratos futuros de libra egípcia para 12 meses registrando uma diminuição significativa, o que reflete uma melhoria na percepção de risco e na confiança dos investidores em relação à economia egípcia.
Este projeto não apenas fortalece a posição do Egito como um destino atraente para investimentos internacionais, mas também promete impactar positivamente a vida dos cidadãos egípcios, reduzindo custos, aumentando oportunidades de emprego e salários, e diversificando a economia. A iniciativa de Ras Al-Hekma é um testemunho do potencial inexplorado do Egito em vários setores, incluindo industrial, agrícola, turístico e imobiliário, reafirmando sua atratividade para o investimento global.
