O jornalista, locutor e apresentador Cid Moreira, uma das figuras mais icônicas da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos. Ele estava internado no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis (RJ), desde o início de setembro devido a uma insuficiência renal crônica, após tratar uma pneumonia. O quadro de saúde se agravou, resultando em falência múltipla dos órgãos.
Uma carreira marcada pela credibilidade
Cid Moreira nasceu em Taubaté, São Paulo, em 1927. Sua carreira começou no rádio, em 1944, e, ao longo dos anos, ele consolidou sua presença como um dos maiores nomes do jornalismo televisivo brasileiro. Ele é amplamente lembrado por sua atuação no Jornal Nacional, que apresentou cerca de 8 mil vezes, ao longo de 26 anos, tornando-se um símbolo de credibilidade na comunicação.
A trajetória de Cid Moreira
Moreira iniciou sua trajetória no rádio em sua cidade natal e, nos anos 1950, começou a trabalhar no Rio de Janeiro, onde teve suas primeiras experiências na televisão. Sua estreia como locutor de noticiários ocorreu em 1963, e, em 1969, ele fez sua primeira apresentação no Jornal Nacional, ao lado de Hilton Gomes. Com sua voz inconfundível e seu “boa-noite” emblemático, Cid Moreira conquistou gerações de brasileiros.
Além de seu trabalho no Jornal Nacional, Cid também foi uma figura constante no Fantástico, onde sua narração se tornou icônica, especialmente no quadro de Mr. M, um sucesso nos anos 1990.
Legado além do jornalismo
A partir da década de 1990, Cid Moreira também se dedicou a gravar salmos bíblicos, alcançando grande sucesso. Em 2011, ele concluiu um projeto ambicioso: a gravação da Bíblia na íntegra. Este trabalho foi um sucesso comercial e trouxe uma nova dimensão à sua carreira, conectando-o com um público ainda mais amplo.
Despedida de um ícone
Até o momento, não foram divulgadas informações sobre o velório e o sepultamento de Cid Moreira. Ele deixa um legado imenso na comunicação brasileira, sendo lembrado por sua voz inconfundível e sua presença marcante no telejornalismo.