O projeto-piloto da Faixa Azul na Avenida dos Bandeirantes, Zona Sul de São Paulo, comemora um ano sem registro de mortes e destaca-se como uma estratégia eficiente na gestão do trânsito de motocicletas na metrópole. Implantada pela Prefeitura, a sinalização se estende por 17 km, desde a Marginal Pinheiros até o Viaduto Ministro Aliomar Baleeiro, e foi inaugurada em 6 de outubro de 2022.
Números divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) revelam uma adesão maciça dos motociclistas, com 91% das 37.120 motos circulantes diariamente utilizando a Faixa Azul no eixo Bandeirantes/Afonso D. Taunay. Em contraste, fora dela, circulam uma média de 2.880 motos diariamente. No acumulado até 3 de outubro de 2023, dos 119 sinistros registrados na referida Faixa Azul, nenhum resultou em óbito, embora 64 tenham gerado vítimas, totalizando 67 feridos.
Este sucesso resultou em autorização da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), em 28 de setembro, para que a Prefeitura amplie o projeto-piloto, adicionando mais 71 km de faixas azuis na cidade. O início dessa expansão foi marcado pela implementação de aproximadamente 2 km no eixo Prestes Maia/Tiradentes, logo nas primeiras horas do dia seguinte ao aval.
A Faixa Azul surge como uma resposta estratégica da gestão municipal ao cenário preocupante que se desenha nas ruas paulistanas, onde 1,3 milhão de motos circulam e, apesar de representarem apenas 15% da frota total, estão envolvidas em 40% dos acidentes de trânsito. A taxa de severidade, que pondera a gravidade dos acidentes em relação ao volume de veículos e à extensão da via, é de 1,53 UPS/Milhão de Motos/Km na Faixa Azul das avenidas dos Bandeirantes e Afonso D’Escragnolle Taunay. Fora dela, essa taxa eleva-se para 11,76 UPS/Milhão de Motos/Km, evidenciando que o projeto-piloto não apenas é eficaz, mas vital para a segurança viária da cidade.