O Instituto Brasileiro de Atenção e Proteção Integral a Vítimas (Pró-Vítima) manifestou-se contra as recentes propostas de privatização em São Paulo. Durante um evento de lançamento do projeto “São Paulo 470 Anos”, celebrando o aniversário da metrópole, a entidade alertou sobre o potencial impacto negativo dessas ações sobre a cultura e o acesso público.
A privatização de importantes estatais, como a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), as linhas da Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos (CPTM) e do Metrô, pode limitar espaços que têm sido vitais para a expressão artística na cidade, conforme destacado pela presidente do Pró-Vítima, promotora de Justiça Celeste Leite dos Santos.
Celeste argumenta que as ações propostas podem ameaçar não apenas o turismo artístico, mas também o bem-estar dos cidadãos, já que muitas atividades culturais e de lazer acontecem em espaços públicos. A presidente também levanta preocupações quanto ao comprometimento da qualidade dos serviços prestados e os preços ao cidadão.
O evento de lançamento, realizado no Così Restaurante, contou com a presença de diversas autoridades, artistas e membros da sociedade civil, como representantes da Associação Paulista do Ministério Público e do Diretório Municipal do PT de São Paulo.
Como parte das celebrações dos 470 anos de São Paulo, a Galeria VerArte, em parceria com o Pró-Vítima, também mostrou apoio ao manifesto. A galeria planeja realizar eventos em espaços públicos, incluindo uma exposição de banners no Conjunto Nacional e totens nas estações do Metrô, destacando os bairros da cidade.