Motoristas de ônibus aprovam greve a partir de sexta-feira em SP

Rafael Mendonça
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Foto: Paulo Guereta/SECOM

Os motoristas de ônibus urbanos, cobradores e técnicos de manutenção de São Paulo aprovaram, na tarde desta segunda-feira (3), uma paralisação que começará na próxima sexta-feira (7). A greve pode afetar todas as linhas de ônibus da cidade.

Demandas da Categoria

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRU-SP) reivindica:

  • Reajuste inflacionário de 3,69%
  • Aumento real de 5%
  • Reposição das perdas salariais decorrentes da pandemia, de 2,46%, conforme apurado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Negociações

O SMTTRU-SP informou que está aberto a novas propostas salariais das empresas até a próxima quinta-feira (6). As negociações iniciaram há 45 dias, mas até o momento não houve avanços significativos.

Posição do Sindicato Patronal

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) declarou que as negociações ainda não foram encerradas e criticou a decisão de paralisar o serviço. “É totalmente inoportuna qualquer decisão sobre paralisação da operação do transporte de passageiros, um serviço essencial e estratégico que pode causar sérios prejuízos à mobilidade dos paulistanos,” afirmou a entidade.

Resposta da Prefeitura

A prefeitura de São Paulo, em nota, afirmou defender o direito à livre manifestação democrática, desde que cumprida a legislação, com aviso prévio de 72 horas antes da paralisação e manutenção de uma frota mínima em horários de pico. “O Município reforça a necessidade de atendimento aos sete milhões de passageiros dos ônibus para que não sejam prejudicados e informa que o efetivo da GCM [Guarda Civil Metropolitana] estará de prontidão para eventuais ocorrências,” disse a prefeitura.

A paralisação dos motoristas de ônibus em São Paulo pode gerar grandes impactos na mobilidade urbana. A expectativa é de que as negociações avancem até quinta-feira (6) para evitar a greve e assegurar o transporte dos milhões de passageiros que dependem do serviço diariamente.

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