A prefeitura da capital paulista ingressou com uma ação judicial contra a distribuidora Enel, exigindo o restabelecimento imediato da energia elétrica em diversas regiões da cidade. A petição, enviada na segunda-feira (14) à 2ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo, estabelece uma multa de R$ 200 mil por dia caso a determinação não seja cumprida. Desde o apagão causado por um vendaval na sexta-feira (11), mais de 200 mil imóveis permanecem sem eletricidade em São Paulo e na região metropolitana.
Apagão e prejuízos
De acordo com a prefeitura, a demora no restabelecimento da energia tem causado grandes transtornos à população, como relatado por moradores e comerciantes. Em uma loja, por exemplo, a cozinheira Vania Teles descreveu sua experiência ao comprar produtos iluminados por lanternas, enquanto a gerente Tamara Souza Ferreira relatou a ausência de prazo por parte da Enel para o retorno da energia. O proprietário de um restaurante, Elizeu Correia, estima que perderá R$ 15 mil devido à falta de energia, com produtos perecendo e o faturamento comprometido.
Causas do apagão e críticas à Enel
A prefeitura afirma que a falta de energia foi provocada por um evento climático extremo, que derrubou 386 árvores, muitas próximas à fiação elétrica. Além disso, a administração municipal acusa a Enel de atrasos nos manejos de poda e de não apresentar um plano de contingência adequado às necessidades da cidade. Até a manhã desta terça-feira (14), cerca de 530 mil residências e estabelecimentos ainda estavam sem eletricidade.
O documento judicial ressalta ainda que, durante o fim de semana, a situação foi semelhante a outros apagões ocorridos em novembro de 2023 e janeiro deste ano, demonstrando um padrão de descumprimento da Enel em relação ao Plano Anual de Podas de 2023.