A forte chuva que atingiu Campinas na noite desta quinta-feira (24) causou alagamentos, derrubou árvores, bloqueou diversas vias e resultou em desaparecimentos trágicos. O Corpo de Bombeiros busca por duas pessoas arrastadas pela correnteza: Sara Gabrielly, de 18 anos, que foi levada na Avenida Sylvio Moro, na Vila Industrial, e Jair Samuel da Silva Oliveira Marques, de 22 anos, que desapareceu enquanto estava próximo a um bueiro na Vila Formosa.
Detalhes dos Desaparecimentos
Segundo o tio de Jair, o jovem estava próximo ao bueiro quando foi surpreendido pelo volume de água e levado pela correnteza. As buscas começaram na noite do incidente, estendendo-se ao córrego Samambaia nesta manhã, mas ele ainda não foi encontrado. A família, em desespero, acompanha o trabalho dos bombeiros, que mantêm a esperança de localizá-lo.
Sara Gabrielly também desapareceu enquanto tentava atravessar a avenida e foi levada pela força da água. Os bombeiros, junto à Defesa Civil, intensificam as buscas nas áreas afetadas, mas as condições do solo e da água dificultam o resgate.
Impacto da Chuva e Ações de Limpeza
Com um volume acumulado de 91 mm em três horas, a chuva provocou alagamentos em bairros como Vila Formosa e Chácara da Barra e atingiu a área central de Campinas. Equipes da Secretaria de Serviços Públicos mobilizaram 780 trabalhadores para remover entulhos, galhos e objetos arrastados, e cerca de 600 deles estão dedicados exclusivamente à limpeza de vias.
Diversos serviços públicos, como centros de saúde e hospitais, também foram impactados. O Hospital Mário Gatti e outras unidades de saúde enfrentaram inundações, causando atrasos, mas mantêm atendimento emergencial para pacientes.
Situação do Trânsito e Serviços de Resgate
A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) atuou para desbloquear vias obstruídas, como as avenidas Orosimbo Maia e Princesa D’Oeste, que já estão liberadas para o tráfego. Diversos semáforos foram desligados devido à inundação, mas voltaram a operar normalmente na manhã desta sexta-feira (25).
Os moradores que observarem sinais de risco estrutural, como rachaduras em muros ou fissuras nas paredes, são orientados pela Defesa Civil a solicitar vistoria através do número 199, garantindo assim a segurança em áreas mais afetadas.
