O Governo de São Paulo, por meio do Programa Mar Sem Lixo, liderado pela Fundação Florestal, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, tem feito avanços significativos na limpeza das praias do litoral paulista. Este programa, que faz parte da política de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) do Estado, já resultou na coleta de quase três toneladas de resíduos, a maioria sendo materiais plásticos.
O Mar Sem Lixo foca em envolver pescadores artesanais de camarão na luta contra a poluição marinha, remunerando-os pela coleta de lixo. Além dos pescadores, o PSA também busca incentivar produtores rurais, agricultores, comunidades tradicionais e povos indígenas a participarem na recuperação e proteção dos recursos naturais.
Até o momento, o programa atua nas cidades de Itanhaém, Ubatuba, Cananéia, São Sebastião, Bertioga e Guarujá. Os pescadores, que podem participar voluntariamente, são pagos conforme a quantidade de lixo que coletam. O resíduo é submetido a uma avaliação e limpeza bruta, e o valor correspondente ao material recolhido é distribuído entre os tripulantes das embarcações, com um limite de R$600 por pessoa, creditado em um cartão alimentação.
Alexandre dos Anjos, pescador de Itanhaém há 36 anos e participante do programa, compartilha que a iniciativa não apenas beneficia o meio ambiente, mas também proporciona vantagens financeiras para os pescadores. Thiago Rodrigues Cruz, filho de pescadores e com 20 anos de experiência na área, também reconhece o valor adicional do programa, especialmente no aspecto financeiro.
Além da coleta de lixo, o programa inclui atividades educativas em escolas e unidades de conservação, bem como mutirões de limpeza de praias e mangues. A destinação final do lixo recolhido fica a cargo das prefeituras e cooperativas de catadores, parceiras do Mar Sem Lixo.