Novo sistema de alerta para ressacas e inundações no litoral paulista promete eficiência na prevenção

Rafael Mendonça
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Governo de São Paulo

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil) e o Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) estão promovendo, até 16 de novembro, um programa de capacitação para agentes da Defesa Civil, gestores públicos e membros da sociedade nas cidades do litoral de São Paulo. Este treinamento faz parte da implementação do Sistema de Aviso de Ressacas e Inundações Costeiras de São Paulo (Saric), uma iniciativa focada em enfrentar eventos climáticos extremos.

O SARIC, que se baseia na integração de modelos numéricos – incluindo meteorológico, hidrodinâmico e de agitação marítima – tem capacidade para prever fenômenos como ressacas e inundações, emitindo alertas em tempo real. Esta capacitação visa preparar as equipes para resposta rápida e eficiente, além de integrar diferentes órgãos em situações de emergência climática.

A plataforma Saric, atualmente em fase de teste, será integrada aos planos de contingência municipais e começará a operar no próximo verão. Ela fornecerá alertas através de uma plataforma construída em software livre. O objetivo é equipar as equipes locais com as ferramentas necessárias para adotar ações preventivas e de combate eficazes contra ressacas e inundações.

Célia Regina de Gouveia Souza, pesquisadora do IPA e coordenadora do curso, destaca a importância do Saric: “Este projeto inovador permite a emissão de alertas antecipados, melhorando a capacidade de resposta dos municípios a eventos climáticos severos. A capacitação, que começou no final de outubro, é crucial para que os agentes adotem medidas de mitigação mais rápidas e eficientes.”

O programa também inclui simulados e atividades de campo em várias praias, como São Vicente, Santos, Bertioga, Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande e Guarujá. Os municípios de Cananéia, Iguape e Ilha Comprida terão suas datas de atividades definidas em breve.

O Saric é fruto de uma colaboração entre o IPA, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Instituto Oceanográfico da USP (IO-USP) e a Universidade Santa Cecília, com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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