Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) têm avançado em estudos que mostram como componentes do veneno da aranha-armadeira (Phoneutria nigriventer) podem ser promissores no tratamento do câncer de mama. Este veneno, quando combinado com tratamentos quimioterápicos convencionais, mostrou resultados positivos ao retardar a progressão do tumor e melhorar a qualidade de vida em modelos animais.
Detalhes da Pesquisa
A pesquisa, realizada na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, é conduzida por Ingrid Trevisan como parte de seu projeto de doutorado, sob a orientação da professora Catarina Rapôso. O estudo explorou como duas moléculas específicas do veneno afetam diretamente as células tumorais e modulam o sistema imunológico. Os testes, que incluíram o uso de veneno isolado e em combinação com quimioterapia, mostraram uma redução de cerca de 30% no crescimento tumoral nos camundongos.
A Importância do Estudo
O câncer de mama continua sendo um dos maiores desafios de saúde, com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimando 73.610 novos casos no Brasil entre 2023 e 2025. O estudo da Unicamp é vital pois oferece uma possível nova abordagem de tratamento que pode ser mais gentil e eficaz para os pacientes.
O Que é o Câncer de Mama?
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação descontrolada de células da mama que formam um tumor. Existem vários tipos de câncer de mama, que diferem em suas capacidades de se espalhar para outras partes do corpo. A maioria dos cânceres de mama começa nas células dos ductos que transportam leite ao mamilo, mas alguns começam nas células glandulares que produzem o leite. Tratamentos variam desde cirurgia e radioterapia até quimioterapia e terapias biológicas, dependendo do tipo e estágio do câncer, bem como das características individuais do paciente.
Perspectivas Futuras
Os próximos passos da pesquisa incluem testes mais abrangentes e a busca por aprovação clínica para uso humano, potencialmente oferecendo uma nova linha de tratamento para pacientes de câncer de mama. A colaboração entre instituições e especialistas de diferentes áreas é essencial para levar estas descobertas do laboratório para a clínica, onde elas podem fazer uma diferença real na vida dos pacientes.