O Hospital Municipal Dr. Gilson de Cássia Marques de Carvalho, situado na Zona Sul da capital, abriga o Centro de Alta Tecnologia em Diagnóstico e Intervenção Oncológica Bruno Covas. Desde a inauguração deste centro, em maio de 2022, a instituição se consolidou como referência no tratamento do câncer, atendendo 97.182 pacientes, finalizando 3.338 diagnósticos e realizando 6.148 cirurgias, muitas delas com tecnologia robótica para maior precisão e segurança.
Como é a estrutura do hospital para atender pacientes com câncer?
Com 23 mil metros quadrados e nove andares, o hospital conta com 221 leitos, sendo 49 de UTI, e uma equipe de 1.424 trabalhadores, incluindo 300 médicos, dos quais 200 são oncologistas. “Hoje, 91% dos nossos leitos são ocupados por pacientes de oncologia”, afirma Fabiana Rolla, diretora médica do hospital. A instituição possui uma infraestrutura completa, oferecendo desde diagnóstico até tratamento e cirurgias.
Quais tipos de câncer são mais comuns e como são tratados?
Atualmente, cerca de 11 mil pessoas estão em acompanhamento no hospital. Os tipos de câncer mais frequentes são o de próstata, com 784 pacientes, e o de mama, com 393 pacientes. Em média, são realizadas 4.200 consultas, 1.730 sessões de radioterapia e 1.370 sessões de quimioterapia por mês. O hospital recebe mais de 200 novos pacientes mensalmente, na maioria encaminhados pelas UBSs da cidade.
O hospital utiliza tecnologia robótica nas cirurgias?
Sim, desde maio de 2022, o robô cirúrgico da Vinci é utilizado no hospital, realizando mais de 300 cirurgias, principalmente urológicas e ginecológicas. Esta tecnologia permite maior precisão na retirada de tumores, com menos dor e risco de complicações pós-operatórias.
O que mais está sendo feito para melhorar o atendimento oncológico?
O hospital está reformando o espaço diagnóstico, expandindo de duas para nove salas de intervenção e adquirindo novos equipamentos de tomografia e PET-CT. Isso permitirá aumentar o número de exames mensais de 2,5 mil para 5,5 mil, melhorando a precisão diagnóstica.
Além disso, está em andamento um projeto-piloto com UBSs da Zona Sul para agilizar o diagnóstico de câncer, aumentando as chances de sucesso no tratamento. “Queremos diagnosticar precocemente os casos de câncer para tratá-los mais cedo e mudar paradigmas no tratamento da doença em São Paulo”, explica Fabiana.
Qual a experiência dos pacientes no hospital?
Daiane Santos Castro, 34 anos, foi diagnosticada com câncer de mama em estágio 4 durante a pandemia. Ela relata que o atendimento rápido e o acolhimento recebido no hospital foram essenciais em sua jornada de tratamento, que incluiu mastectomia, quimioterapia e radioterapia. “Meu sentimento é de gratidão”, diz Daiane, que continua em acompanhamento no hospital.