São Paulo confirma três novos casos de Febre do Oropouche no Vale do Ribeira

Total de casos no estado sobe para cinco; todos os pacientes evoluíram para a cura

Rafael Mendonça
3 leitura mínima
Foto: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical/Divulgação

A Secretaria da Saúde de São Paulo anunciou nesta sexta-feira (2) a confirmação de três novos casos de Febre do Oropouche no estado, elevando o total para cinco, todos registrados na região do Vale do Ribeira. Os novos casos foram identificados em Cajati (dois casos) e Pariquera-Açu (um caso). Na quinta-feira (1), outros dois casos já haviam sido confirmados, ambos em Cajati. Todos os pacientes se recuperaram.

Detalhes dos casos em Cajati

Os pacientes de Cajati incluem três mulheres e um homem, com idades entre 36 e 54 anos. Os testes foram realizados em abril deste ano, e os diagnósticos foram confirmados por exame de RT-PCR realizado pelo Instituto Adolfo Lutz. Os resultados só foram divulgados nesta semana. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde de Cajati, os pacientes vivem em uma área rural próxima a uma plantação de bananas e não viajaram para outras cidades nos últimos 30 dias, indicando que os casos são autóctones.

Transmissão da Febre do Oropouche

De acordo com o Ministério da Saúde, a Febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito maruim ou mosquito-pólvora. Após picar uma pessoa ou animal infectado, o mosquito pode transmitir o vírus a uma pessoa saudável. O vírus foi registrado pela primeira vez no Brasil em 1960 e é mais comum na região Amazônica. Além do mosquito, animais como bichos-preguiça, aves silvestres e roedores podem ser hospedeiros do vírus.

Sintomas e prevenção

Os sintomas da Febre do Oropouche são semelhantes aos da dengue, incluindo dor de cabeça intensa, dor muscular, náusea e diarreia. Outros sinais podem incluir tontura, dor atrás dos olhos e calafrios. Não existe vacina para a doença, e a prevenção mais eficaz é o uso de repelentes. O tratamento recomendado é repouso e ingestão de líquidos.

Medidas de saúde pública

A Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo está monitorando a situação e orienta a população a adotar medidas preventivas para evitar a proliferação de mosquitos, como o uso de repelentes e evitar a formação de locais propícios para a reprodução dos insetos.

Compartilhe este artigo