Quadrilha de golpistas é presa em condomínio de luxo no Vale do Paraíba

Polícia Civil detém 12 suspeitos em Igaratá; uma das vítimas perdeu quase R$ 50 mil

Rafael Mendonça
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Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil desmantelou uma central de golpes em um condomínio de alto padrão na cidade de Igaratá, no Vale do Paraíba, na sexta-feira (21). Durante a operação, 12 suspeitos, com idades entre 22 e 30 anos, foram presos em flagrante. O grupo utilizava tecnologia de comunicação via satélite e se passava por funcionários de banco para aplicar os golpes.

Investigação e Ação Policial

A investigação teve início após denúncias de movimentações suspeitas no imóvel por vários dias. Testemunhas relataram que os moradores chegavam e saíam frequentemente com notebooks, fones de ouvido e outros equipamentos eletrônicos.

Equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) descobriram que o local funcionava como uma central de operações para golpes. Quando os policiais abriram o portão da casa, abordaram os suspeitos imediatamente.

Seis dos suspeitos não resistiram à abordagem e permaneceram no local. Os demais tentaram fugir pelos fundos da residência, pulando o muro, mas foram alcançados e detidos pela polícia após sofrerem ferimentos leves durante a fuga. Todos receberam atendimento médico antes de serem encaminhados à delegacia.

Materiais Apreendidos

Dentro da residência, as equipes encontraram 12 notebooks, 18 celulares, cinco fones de ouvido e três veículos. Nos computadores, os investigadores encontraram uma planilha com nomes de vítimas marcados em vermelho, exceto um nome destacado em verde.

Um dos agentes entrou em contato com uma das vítimas, uma juíza de 76 anos do estado do Rio de Janeiro, que informou ter perdido quase R$ 50 mil de sua conta bancária. Um dos suspeitos havia se passado por gerente do banco e obtido os dados necessários para realizar a fraude.

Orientação e Golpes

Os computadores também continham roteiros detalhados para orientar os golpistas sobre como enganar as vítimas. Os detidos – seis homens e seis mulheres – foram levados à 5ª Delegacia Patrimônio, no Deic, onde foram formalmente presos. O caso foi registrado como furto, associação criminosa, desobediência e apreensão de objetos.

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