Vereador Camilo Cristófaro tem mandato cassado por racismo na Câmara de SP

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Foto: Paulo Pinto / Agência Brasil

Nesta terça-feira (19), a Câmara Municipal de São Paulo cassou o mandato do vereador Camilo Cristófaro (Avante) por quebra de decoro parlamentar, devido a uma fala racista proferida em maio do ano passado durante uma sessão de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Este é o primeiro caso de cassação de mandato por racismo na história da Câmara paulistana.

A cassação foi aprovada por uma ampla maioria de 47 dos 55 vereadores presentes, superando o quórum necessário de 37 votos, que representa dois terços dos parlamentares. O processo contou com cinco abstenções e uma ausência, sem nenhum voto contrário. Tanto Cristófaro quanto a vereadora Luana Alves (PSOL), que eram partes no processo, não participaram da votação. A sessão durou aproximadamente três horas.

O presidente da Câmara, vereador Milton Leite (União), destacou a gravidade da decisão, ressaltando que a cassação evidencia o compromisso da Câmara Municipal de São Paulo com o combate ao racismo e a todo tipo de preconceito. “Esse tipo de atitude não pode mais ser tolerada, dentro e fora desta Casa”, afirmou.

Cristófaro defendeu-se durante a sessão, negando ser racista e citando a diversidade racial presente tanto em sua equipe de gabinete quanto entre os beneficiários de suas iniciativas parlamentares.

O incidente que levou à cassação aconteceu em uma sessão remota da CPI dos Aplicativos, quando, com o microfone aberto, Cristófaro foi ouvido dizendo: “Não lavaram a calçada, é coisa de preto, né?”.

Com a cassação de Cristófaro, o primeiro suplente do PSB, Adriano Santos, assume o mandato.


Perguntas e Respostas: Entendendo a cassação de mandato por racismo

O que levou à cassação do mandato de Camilo Cristófaro? A cassação foi motivada por uma fala racista do vereador durante uma sessão da CPI dos Aplicativos em maio do ano passado.

Quem assume o mandato após a cassação? O primeiro suplente do PSB, Adriano Santos, será o responsável por assumir o mandato deixado por Cristófaro.

Como foi a votação para a cassação? A decisão pela cassação foi aprovada por 47 dos 55 vereadores presentes, com cinco abstenções e uma ausência. O quórum mínimo necessário era de 37 votos.