Homicídios em São Paulo têm queda recorde em 23 anos

Policial militar armado próximo a viatura no Centro de São Paulo.

O Estado de São Paulo registrou uma queda significativa nos homicídios dolosos nos primeiros sete meses deste ano. Com 1.489 casos, houve uma redução de 10% em comparação ao mesmo período de 2022, que teve 1.654 registros. Em julho, a diminuição foi ainda mais expressiva, chegando a 37,5%, com 162 casos contra 259 no ano anterior. Estes são os números mais baixos desde que a série histórica começou em 2001.

A tendência de queda nas mortes intencionais começou a ser observada em maio. Nos primeiros cinco meses, houve uma redução de 2,7%, com 1.136 casos contra 1.168 no ano anterior. Em termos mensais, a queda em maio foi de 14,5%, com 195 casos em comparação aos 228 de 2022.

No primeiro semestre, a situação foi semelhante, com recordes históricos de redução tanto no mês quanto no acumulado do ano. De janeiro a junho, foram registradas 1.327 mortes, contra 1.395 no mesmo período de 2022, uma queda de 4,9%. Em junho, a redução foi de 15,9%, com 191 casos contra 227 do ano anterior.

SPVida: Uma ferramenta de prevenção e transparência

Esses resultados positivos são atribuídos à atuação eficaz das forças policiais e à implementação de políticas públicas direcionadas ao combate desse tipo de crime. Um exemplo é o Sistema de Informação e Prevenção aos Crimes Contra a Vida (SPVida), lançado em fevereiro.

O SPVida automatiza dados, ajudando as autoridades a entender a dinâmica criminal e a elaborar estratégias de ação. Além disso, a plataforma oferece transparência, permitindo que a população acesse informações sobre onde ocorreram os homicídios. A ferramenta também incentiva a participação cidadã, permitindo que as pessoas contribuam com informações, vídeos e imagens que possam ajudar nas investigações. O sistema SPVida está disponível para consulta no link: ssp.sp.gov.br/Estatistica/ProtecaoVida.aspx.

Combate às armas ilegais

A apreensão de armas de fogo ilegais também desempenhou um papel crucial na redução dos homicídios. De janeiro a julho deste ano, houve um aumento de 10,7% nas apreensões em comparação com 2022, totalizando 6.506 armas, das quais 108 eram fuzis.